Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 18 de 18
Filtrar
Mais filtros







Base de dados
Intervalo de ano de publicação
1.
REVISA (Online) ; 13(1): 207-217, 2024.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1532076

RESUMO

Objetivo: Identificar a associação entre a presença de discriminação racial e a situação de saúde bucal relacionada à cárie dentária. Método:Estudo transversal, com amostra de 209 adolescentes, avaliados em ambiente escolar através da aplicação de questionário e exame clínico bucal. As variáveis foram: discriminação racial percebida, sociodemográficas e cárie dentária (presença de pelo menos um dente cariado). Os dados foram analisados pelos testes de Qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher e pela Regressão Logística Múltipla. Resultados:A maioria dos adolescentes era negra (66%), do sexo feminino (56,2%), com idade entre 14 e 16 anos (56%), heterossexual (73,2%) e cristã (59,3%). Em relação à situação socioeconômica 41,1% recebiam bolsa família e 19,2% tinham renda familiar de até um salário mínimo. A maior parte dos respondentes apresentou cárie (97,5%) e cerca de um quarto perdeu algum dente permanente. O índice médio do CPO-D foi de 3,7. Houve associação entre a raça/cor conforme o IBGE (p=0,033) e pela escalade cores da pele (p=0,012) e a ocorrência de cárie dentária. Adolescentes negros apresentaram duas vezes mais chances de terem cárie dentária (OR=2,11;IC=1,08-4,15). Conclusão:Os achados deste estudo permitem concluir que observou-se associação entre discriminação racial e cárie dentária.


Objective: To identify the association between the presence of racial discrimination and the oral health situation related to tooth decay. Method:Cross-sectional study, with a sample of 209 adolescents, evaluated in a school environment through the application of a questionnaire and clinical oral examination. The variables were perceived racial discrimination, sociodemographics, tooth decay (presence of at least one decayed tooth). Data were analyzed using Pearson's Chi-square or Fisher's exact tests and Multiple Logistic Regression. Results:The majority of adolescents were black (66%), female (56.2%), aged between 14 and 16 years old (56%), heterosexual (73.2%) and Christian (59.3%) . Regarding socioeconomic situation, 41.1% received a family allowance and 19.2% had a family income of up to one minimum wage. Most respondents had cavities (97.5%) and around a quarter lost some permanent teeth. Therewas an association between race/color according to IBGE (p=0.033) and skin color scale (p=0.012) and the occurrence of tooth decay. Black adolescents were twice as likely to have tooth decay (OR=2.11; CI=1.08-4.15). Conclusion:The findings of this study allow us to conclude that an association was observed between racial discrimination and tooth decay.


Objetivo:Identificar a associação entre a presença de discriminação racial e a situação de saúde bucal relacionada à cárie dentária. Método:Estudio transversal, con una muestra de 209 adolescentes, evaluados en el ambiente escolar mediante la aplicación de un cuestionario y examen clínico oral. Las variables fueron discriminación racial percibida, sociodemográfica, caries (presencia de al menos un diente cariado). Los datos se analizaron mediante las pruebas de Chi-cuadrado de Pearson o exacta de Fisher y Regresión Logística Múltiple. Resultados:La mayoría de los adolescentes eran negros (66%), mujeres (56,2%), con edades entre 14 y 16 años (56%), heterosexuales (73,2%) y cristianos (59,3%). En cuanto a la situación socioeconómica, el 41,1% recibía una asignación familiar y el 19,2% tenía un ingreso familiar de hasta un salario mínimo. La mayoría de los encuestados tenía caries (97,5%) y alrededor de una cuarta parte perdió algunos dientes permanentes. El índice CPOD promedio fue de 3,7. Hubo asociación entre raza/color según IBGE (p=0,033) y escala de color de piel (p=0,012) y la aparición de caries. Los adolescentes negros tenían el doble de probabilidades de tener caries (OR=2,11; IC=1,08-4,15). Conclusión:Los hallazgos de este estudio nos permiten concluir que se observó una asociación entre la discriminación racial y la caries


Assuntos
Iniquidades em Saúde , Instituições Acadêmicas , Saúde Bucal , Adolescente , Racismo
2.
Rev. panam. salud pública ; 48: e4, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1536671

RESUMO

ABSTRACT Objective. To analyze temporal trends and inequalities in neonatal mortality between 2000 and 2020, and to set neonatal mortality targets for 2025 and 2030 in the Americas. Methods. A descriptive ecological study was conducted using 33 countries of the Americas as units of analysis. Both the percentage change and average annual percentage change in neonatal mortality rates were estimated. Measurements of absolute and relative inequality based on adjusted regression models were used to assess cross-country social inequalities in neonatal mortality. Targets to reduce neonatal mortality and cross-country inequalities were set for 2025 and 2030. Results. The estimated regional neonatal mortality rate was 12.0 per 1 000 live births in 2000-2004 and 7.4 per 1 000 live births in 2020, representing a percentage change of -38.3% and an average annual percentage change of -2.7%. National average annual percentage changes in neonatal mortality rates between 2000-2004 and 2020 ranged from -5.5 to 1.9 and were mostly negative. The estimated excess neonatal mortality in the 20% most socially disadvantaged countries, compared with the 20% least socially disadvantaged countries, was 17.1 and 9.8 deaths per 1 000 live births in 2000-2004 and 2020, respectively. Based on an extrapolation of recent trends, the regional neonatal mortality rate is projected to reach 7.0 and 6.6 neonatal deaths per 1 000 live births by 2025 and 2030, respectively. Conclusions. National and regional health authorities need to strengthen their efforts to reduce persistent social inequalities in neonatal mortality both within and between countries.


RESUMEN Objetivo. Analizar las desigualdades en la mortalidad neonatal y las tendencias en el transcurso del tiempo entre el 2000 y el 2020, y establecer metas en materia de mortalidad neonatal para el 2025 y el 2030 en la Región de las Américas. Métodos. Se realizó un estudio ecológico descriptivo con información de 33 países de la Región de las Américas que se usaron como unidades de análisis. Se calculó tanto la variación porcentual como la variación porcentual anual media de las tasas de mortalidad neonatal. Se utilizaron mediciones de la desigualdad absoluta y relativa basadas en modelos de regresión ajustados, para evaluar las desigualdades sociales en los diversos países en cuanto a la mortalidad neonatal. Se establecieron metas de reducción de la mortalidad neonatal y de las desigualdades en los diversos países para el 2025 y el 2030. Resultados. La tasa de mortalidad neonatal en la Región fue de 12,0 por 1 000 nacidos vivos en el período 2000-2004 y de 7,4 por 1 000 nacidos vivos en el 2020, lo que representa una variación porcentual del -38,3% y una variación porcentual anual media del -2,7%. Las variaciones porcentuales anuales medias de las tasas de mortalidad neonatal a nivel nacional entre el período 2000-2004 y el 2020 oscilaron entre -5,5 y 1,9, y fueron en su mayor parte negativas. El exceso de mortalidad neonatal estimado en el 20% de los países más desfavorecidos socialmente, en comparación con el 20% de los países menos desfavorecidos socialmente, fue de 17,1 muertes por 1 000 nacidos vivos en el período 2000-2004 y de 9,8 muertes por 1 000 nacidos vivos en el 2020. Al extrapolar las tendencias más recientes, se prevé que la tasa de mortalidad neonatal de la Región alcance valores de 7,0 y 6,6 muertes neonatales por 1 000 nacidos vivos en el 2025 y el 2030, respectivamente. Conclusiones. Las autoridades de salud nacionales y regionales deben fortalecer las medidas para reducir las desigualdades sociales que aún persisten en materia de mortalidad neonatal, tanto entre los distintos países como dentro de cada país.


RESUMO Objetivo. Analisar as tendências temporais e desigualdades em mortalidade neonatal entre 2000 e 2020 e estabelecer metas de mortalidade neonatal para 2025 e 2030 na Região das Américas. Métodos. Estudo ecológico descritivo examinando 33 países das Américas como unidades de análise. Foram estimadas a variação percentual e a variação percentual anual média das taxas de mortalidade neonatal. Foram usadas medidas de desigualdade absoluta e relativa baseadas em modelos de regressão ajustados para avaliar desigualdades sociais entre países em termos de mortalidade neonatal. Foram definidas metas de redução da mortalidade neonatal e das desigualdades entre países para 2025 e 2030. Resultados. A taxa regional estimada de mortalidade neonatal foi de 12,0 por mil nascidos vivos em 2000-2004, e de 7,4 por mil nascidos vivos em 2020, representando uma variação percentual de -38,3%, e uma variação percentual anual média de -2,7%. As variações percentuais anuais médias nacionais das taxas de mortalidade neonatal entre 2000-2004 e 2020 variaram entre -5,5 e 1,9 e, em sua maioria, foram negativas. O excesso estimado de mortalidade neonatal nos países que estavam entre os 20% mais desfavorecidos socialmente, em comparação com os países entre os 20% menos desfavorecidos, foi de 17,1 e 9,8 mortes por mil nascidos vivos em 2000-2004 e 2020, respectivamente. Com base em extrapolação das tendências recentes, estima-se que a taxa de mortalidade neonatal regional deve atingir 7,0 e 6,6 mortes neonatais por mil nascidos vivos em 2025 e 2030, respectivamente. Conclusões. As autoridades de saúde nacionais e regionais precisam intensificar seus esforços para reduzir desigualdades sociais persistentes na mortalidade neonatal, tanto dentro dos países quanto entre eles.

3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(8): e00229322, 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1513898

RESUMO

O objetivo deste estudo é descrever o mix contraceptivo e analisar os fatores associados ao tipo de contraceptivo usado pelas mulheres brasileiras em idade reprodutiva. Trata-se de estudo transversal, de base populacional, com dados de 19.962 mulheres de 15 a 49 anos. Os desfechos foram uso e tipo de contraceptivo, classificados em: contraceptivos reversíveis de curta duração (SARC), longa duração (LARC) e permanentes. As variáveis explicativas foram: características da história reprodutiva, sociodemográficas e de acesso aos serviços de saúde. Utilizou-se a regressão logística multinomial para estimativas da odds ratio (OR), tendo os SARC como categoria de referência. As análises foram realizadas no módulo survey do software Stata, que considerou o efeito do plano amostral complexo da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. A prevalência do uso de contraceptivos foi de 83,7%. Do total de usuárias, 72% usavam SARC, 23,2% métodos permanentes e 4,8%, LARC. Mulheres com maior escolaridade, plano de saúde, que tiveram partos e participaram de grupos de planejamento reprodutivo tiveram maior chance de usar LARC na comparação com o uso de SARC, enquanto o cadastro na unidade básica de saúde se associou a menor chance de uso. Ainda, quanto maior a idade e paridade, além de viver com o companheiro, maior a chance de usar métodos permanentes em relação ao uso de SARC. Apesar da elevada cobertura de contracepção, o mix contraceptivo permanece obsoleto, com predomínio do uso de SARC. Além disso, observou-se importante desigualdade de acesso, sendo os LARC acessíveis apenas por mulheres com melhores condições socioeconômicas, enquanto os métodos permanentes foram associados a um perfil de maior vulnerabilidade social.


This study aims to describe the contraceptive mix and analyze the factors associated with the type of contraceptive used by Brazilian women of reproductive age. This is a cross-sectional, population-based study with data from 19,962 women aged 15 to 49 years. The outcomes were use and type of contraceptive, classified as: short-acting reversible contraceptives (SARC), long-acting (LARC), and permanent. The explanatory variables were characteristics of reproductive history, sociodemographic history, and access to health services. Multinomial logistic regression was used for odds ratio (OR) estimates, with SARC being the reference category. The analyses were performed in the Survey module of the Stata software, which considered the effect of the complex sampling plan of the 2019 Brazilian National Health Survey. The prevalence of contraceptive use was 83.7%. Of the total number of users, 72% used SARC, 23.2% permanent methods, and 4.8% LARC. Women with higher education, health insurance, who had deliveries, and who participated in reproductive planning groups had a higher chance of using LARC when compared with the use of SARC, while registration at the basic health unit was associated with a lower chance of use. Still, the higher the age and parity, in addition to living with the partner, the greater the chance of using permanent methods in relation to the use of SARC. Despite the high coverage of contraception, the contraceptive mix remains obsolete, with a predominance of the use of SARC. In addition, important inequalities in access were observed, with LARC being accessible only to women with better socioeconomic conditions, while permanent methods were associated with a profile of greater social vulnerability.


El objetivo fue describir la combinación anticonceptiva y analizar los factores asociados al tipo de anticonceptivo usado por las mujeres brasileñas en edad reproductiva. Estudio transversal, de base poblacional, con datos de 19.962 mujeres de 15 a 49 años. Los resultados fueron el uso y el tipo de anticonceptivo, clasificados en: anticonceptivos reversibles de corta duración (SARC), de larga duración (LARC) y permanentes. Las variables explicativas fueron características de la historia reproductiva, sociodemográficas y de acceso a los servicios de salud. Se utilizó la regresión logística multinomial para las estimaciones de la odds ratio (OR), siendo los SARC la categoría de referencia. Los análisis fueron realizados en el módulo survey, del software Stata, que consideró el efecto del sistema de muestreo complejo de la Encuesta Nacional de Salud de 2019. La prevalencia del uso de anticonceptivos fue del 83,7%. Del total de usuarias, 72% usaban SARC, el 23,2% métodos permanentes y el 4,8% LARC. Las mujeres con mayor educación, plan de salud, que tuvieron partos y participaron de grupos de planificación reproductiva tuvieron mayor posibilidad de usar LARC cuando comparados al uso de SARC, mientras que el registro en la unidad básica de salud se asoció con una menor posibilidad de uso. Además, cuanto mayor sea la edad y la paridad, además de vivir con el compañero, mayor será la posibilidad de utilizar métodos permanentes en relación con el uso de SARC. A pesar de la alta cobertura de anticoncepción, la combinación anticonceptiva sigue siendo obsoleta, con un uso predominante de SARC. Además, se observaron importantes desigualdades en el acceso, siendo los LARC accesibles solo para mujeres con mejores condiciones socioeconómicas, mientras que los métodos permanentes se asociaron con un perfil de mayor vulnerabilidad social.

4.
Rev. bras. epidemiol ; 26: e230044, 2023. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1515047

RESUMO

ABSTRACT Objective: To estimate the prevalence of adult smokers in the 26 capitals and the Federal District according to the Brazilian Deprivation Index (Índice Brasileiro de Privação - IBP). Methods: Dataset on smoking were obtained from the Surveillance of Risk and Protective Factors for Noncommunicable Diseases by Survey (Vigitel) system for the 26 capitals and the Federal District, in the period from 2010 to 2013. The IBP classifies the census sectors according to indicators such as: income less than ½ minimum wage, illiterate population and without sanitary sewage. In the North and Northeast regions, the census sectors were grouped into four categories (low, medium, high and very high deprivation) and in the South, Southeast and Midwest regions into three (low, medium and high deprivation). Prevalence estimates of adult smokers were obtained using the indirect estimation method in small areas. To calculate the prevalence ratios, Poisson models are used. Results: The positive association between prevalence and deprivation of census sector categories was found in 16 (59.3%) of the 27 cities. In nine (33.3%) cities, the sectors with the greatest deprivation had a higher prevalence of smokers when compared to those with the least deprivation, and in two (7.4%) there were no differences. In Aracaju, Belém, Fortaleza, João Pessoa, Macapá and Salvador, the prevalence of adult smokers was three times higher in the group of sectors with greater deprivation compared to those with less deprivation. Conclusion: Sectors with greater social deprivation had a higher prevalence of smoking, compared with less deprivation, pointing to social inequalities.


RESUMO Objetivo: Estimar as prevalências de adultos fumante nas 26 capitais e no Distrito Federal segundo o Índice Brasileiro de Privação. Métodos: Os dados sobre tabagismo foram obtidos junto ao sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito (Vigitel) para as 26 capitais e o Distrito Federal, no período de 2010 a 2013. O Índice Brasileiro de Privação classifica os setores censitários segundo indicadores como: renda menor que meio salário mínimo, população não alfabetizada e sem esgotamento sanitário. Nas regiões Norte e Nordeste, os setores censitários foram agrupados em quatro categorias (baixa, média, alta e muito alta privação) e, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, em três (baixa, média e alta privação). As estimativas de prevalências de adultos fumantes foram obtidas pelo método indireto de estimação em pequenas áreas. Para o cálculo das razões de prevalências, empregram-se modelos de Poisson. Resultados: A associação positiva entre a prevalência e a privação das categorias de setores censitários foi encontrada em 16 (59,3%) das 27 cidades. Em nove (33,3%) cidades, os setores de maior privação apresentaram maior prevalência de fumantes quando comparados aos de menor privação e, em duas (7,4%), não apresentaram diferenças. Em Aracaju, Belém, Fortaleza, João Pessoa, Macapá e Salvador, as prevalências de adultos fumantes foram três vezes maiores no grupo de setores com maior privação em relação aos de menor privação. Conclusão: Setores de maior privação social apresentaram maiores prevalências de tabagismo, comparados com menor privação, apontando desigualdades sociais.

5.
Belo Horizonte; s.n; 2023. 165 p. ilus, tab.
Tese em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1518131

RESUMO

Introdução: O Brasil tem uma elevada prevalência de uso de contraceptivos entre mulheres em idade reprodutiva. No entanto, observa-se que persistem desigualdades, tanto no acesso quanto em relação ao tipo de método usado, o que pode contribuir para as altas taxas de gestações não planejadas e abortos induzidos no país. Outro fator que contribui para esses desfechos é a descontinuidade contraceptiva, porém este indicador não é monitorado no país desde 1996, dificultando dimensionar a magnitude do problema. Objetivos: Estimar fatores individuais e contextuais associados ao uso de contraceptivos de acordo com a paridade das mulheres brasileiras em idade reprodutiva; estimar os fatores associados ao tipo de método contraceptivo usado pelas brasileiras; e estimar a magnitude da descontinuidade contraceptiva na literatura mundial a partir de uma meta-análise. Métodos: Foram utilizados dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 e 2019 para responder aos dois primeiros objetivos da tese. Os desfechos principais foram o uso de métodos contraceptivos (MC) e o tipo de método classificado quanto ao tempo de ação: contraceptivos reversíveis de curta duração (SARCs) e contraceptivos reversíveis de longa duração (LARCs), e MC permanentes. Os fatores individuais foram características da história reprodutiva, do acesso aos serviços de saúde e sociodemográficas; e os contextuais: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Índice Sociodemográfico (SDI), Rendimento Mensal Médio e Cobertura da Atenção Primária (APS). Primeiramente, utilizou-se modelos de regressão logística multinível para estimar os fatores individuais e contextuais associados ao uso de MC, estratificados por paridade. Em seguida, para estimar os fatores associados ao tipo de MC usado pelas mulheres foram utilizados modelos de regressão logística multinomial, cuja categoria de referência foram as usuárias de SARC. Por último, foi conduzida uma revisão sistemática com meta-análise para estimar a magnitude da descontinuidade contraceptiva (abandono e troca) na literatura mundial, que também considerou a classificação dos métodos em SARCs e LARCs. Resultados: A prevalência do uso de MC foi superior a 80% em 2013 e 2019, e menor entre nulíparas. Entre 2013 e 2019, observou-se uma redução da variabilidade da chance de usar MC entre as Unidades Federativas (UFs) para nulíparas. Mesmo assim, nulíparas que residiam em UFs com melhores indicadores socioeconômicos, tais como maior IDH e SDI, tinham mais chance de uso de MC. Por outro lado, a cobertura da APS foi a única variável que permaneceu associada a maior probabilidade de uso de MC em 2019 entre primíparas/multíparas. Quanto ao tipo de MC, mais de 70% das mulheres usavam SARCs. Mulheres com melhores condições socioeconômicas tinham mais chance de usar LARCs e menos chance de usar métodos permanentes quando comparados aos SARCs. Por outro lado, mulheres com maior idade, paridade e que viviam com companheiro tinham maior chance de usar métodos permanentes em relação aos SARCs. Ao realizar a meta-análise dos dados identificou-se que a taxa de descontinuidade de SARCs foi de 56,8%, enquanto para LARCs foi de 17,8%. Para as usuárias de SARCs, a chance de abandono foi quase 7 vezes maior que a de troca. Das mulheres que descontinuaram, a maioria abandonou o uso de MC devido a efeitos colaterais. Conclusão: Existem desigualdades individuais e contextuais em relação ao acesso à contracepção no país, segundo a paridade das mulheres. Além disso, mulheres com melhores condições socioeconômicas têm mais acesso aos MC mais eficazes, como os LARCs. Destaca-se ainda as elevadas taxas de descontinuidade encontradas na meta-análise, principalmente para os SARCs, MC mais usados pelas brasileiras. Nossos achados indicam a necessidade de retomar a discussão da contracepção no país com políticas e programas voltados ao enfrentamento das iniquidades, à qualificação do acesso, à promoção da equidade, tendo em vista grupos mais alijados, bem como retomar o monitoramento da descontinuidade contraceptiva em âmbito nacional, além de incluir aspectos assistenciais que deem conta de manejar melhor esse fenômeno.


Brazil has a high prevalence of contraceptive use among women of reproductive age. However, it is observed that inequalities persist, both in access and in relation to the type of method used, which may contribute to the high rates of unplanned pregnancies and induced abortions in the country. Another factor that contributes to these outcomes is contraceptive discontinuity, but this indicator has not been monitored in the country since 1996, making it difficult to measure the magnitude of the problem. Objectives: To estimate individual and contextual factors associated with the use of contraceptives according to the parity of Brazilian women of reproductive age; to estimate the factors associated with the type of contraceptive method used by Brazilian women; and to estimate the magnitude of contraceptive discontinuity in the world literature based on a meta-analysis. Methods: Data from the National Health Survey of 2013 and 2019 were used to answer the first two objectives of the thesis. The main outcomes were the use of contraceptive methods (CM) and the type of method classified according to the time of action: short-acting reversible contraceptives (SARCs) and long-acting reversible contraceptives (LARCs), and permanent CM. Individual factors were reproductive history, access to health services and sociodemographic characteristics; and the contextual ones: Human Development Index (HDI), Sociodemographic Index (SDI), Average Monthly Income and Primary Care Coverage (PHC). First, multilevel logistic regression models were used to estimate the individual and contextual factors associated with CM use, stratified by parity. Then, to estimate the factors associated with the type of CM used by women, multinomial logistic regression models were used, whose reference category was users of SARCs. Finally, a systematic review was conducted with meta-analysis to estimate the magnitude of contraceptive discontinuity (abandonment and switch) in the world literature, which also considered the classification of methods in SARCs and LARCs. Results: The prevalence of MC use was greater than 80% in 2013 and 2019, being lower among nulliparous women. Between 2013 and 2019, there was a reduction in the variability of the chance of using CM between the Federative Units (FUs) for nulliparous women. Even so, nulliparous women residing in FUs with better socioeconomic indicators, such as higher HDI and SDI, were more likely to use MC. On the other hand, PHC coverage was the only variable that remained associated with a greater chance of CM use in 2019 among primiparous/multiparous women. As for the type of CM, more than 70% of the women used SARCs. Women with better socioeconomic conditions were more likely to use LARCs and less likely to use permanent methods when compared to SARCs. On the other hand, women of greater age, parity and who lived with a partner were more likely to use permanent methods in relation to SARCs. When performing a meta-analysis of the data, it was identified that the discontinuity rate for SARCs was 56.8%, while for LARCs it was 17.8%. For users of SARCs, the chance of dropping out was almost 7 times greater than switching. Of the women who discontinued, most discontinued MC use due to side effects. Conclusion: There are individual and contextual inequalities regarding access to contraception in the country, according to women's parity. In addition, women with better socioeconomic conditions have more access to the most effective CM, such as LARCs. Also noteworthy are the high rates of discontinuity found in the meta-analysis, especially for SARCs, the MC most used by Brazilian women. Our findings indicate the need to resume the discussion of contraception in the country with policies and programs aimed at confronting inequities, qualifying access, promoting equity, with a view to more marginalized groups, as well as resuming the monitoring of contraceptive discontinuity in nationwide, in addition to including assistance aspects that manage this phenomenon better.


Assuntos
Paridade , Planejamento Familiar , Contracepção Hormonal , Iniquidades em Saúde , Estudos Epidemiológicos , Dissertação Acadêmica
6.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(12): e00070223, 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1528204

RESUMO

Resumo: Os objetivos foram descrever a prevalência de procura por serviços de saúde entre adolescentes brasileiros e investigar sua associação com características contextuais do território. O estudo utilizou dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, realizada com 43.774 indivíduos de 10 a 19 anos. A informação do adolescente foi obtida por meio de um morador proxy de 18 anos ou mais que respondia por si e por todos os moradores da casa. A regressão de Poisson foi utilizada para avaliar a procura por serviços de saúde de acordo com região geopolítica, situação censitária e tipo de município. Também foi avaliada a interação da variável "plano de saúde" nessas associações. Do total, 11,7% (IC95%: 11,1; 12,3) dos adolescentes procuraram serviços de saúde nas duas semanas anteriores à pesquisa. Maiores prevalências de procura foram observadas nas regiões Sudeste (RP = 1,32; IC95%: 1,15; 1,52) e Sul (RP = 1,31; IC95%: 1,13; 1,52) em comparação à Região Norte do país. O acesso a plano de saúde aumentou a busca pelos serviços por adolescentes residentes nas áreas rurais e nas capitais e municípios das Regiões Metropolitanas e/ou Regiões Integradas de Desenvolvimento. O estudo evidenciou baixa prevalência de procura por serviços de saúde entre adolescentes e desigualdades contextuais para a região geopolítica. Ter plano de saúde foi um marcador importante para entender as disparidades na situação censitária e no tipo de município.


Abstract: This study aimed to describe the prevalence of demand for health services among Brazilian adolescents and to investigate its association with contextual characteristics of the territory. Study with data from the Brazilian National Health Survey, conducted in 2019, including 43,774 individuals aged from 10 to 19 years. Adolescent's information was obtained through a proxy resident of 18 years or more who answered for all the residents of the household. Poisson regression was used to assess the demand for health services according to geopolitical region, economic status, and type of municipality. The interaction of the health insurance was also evaluated in these associations. Of the total, 11.7% (95%CI: 11.1; 12.3) of the adolescents sought health services in the two weeks prior to the survey. Greater figures of demand were observed in the Southeast (PR = 1.32; 95%CI: 1.15; 1.52) and South regions (PR = 1.31; 95%CI: 1.13; 1.52) compared to the Northern Region of Brazil. Having a health insurance increased the demand for services by adolescents living in rural areas and in capitals and the municipalities of the Metropolitan Areas and/or Integrated Development Regions. The study showed a low prevalence of demand for health services among adolescents and contextual inequalities for the geopolitical region. Having a health insurance was an important marker to understand the disparities in the economic status and in the type of municipality.


Resumen: El objetivo de este estudio fue estimar la prevalencia de la demanda de servicios de salud entre los adolescentes brasileños e investigar su asociación con las características contextuales del territorio. Estudio con datos de la Encuesta Nacional de Salud, realizada en 2019 con 43.774 individuos de entre 10 y 19 años de edad. La información del adolescente se obtuvo de un residente proxy de 18 años o más que era responsable de sí mismo y de todos los residentes de la casa. La regresión de Poisson se utilizó para evaluar la demanda de servicios de salud según la región geopolítica, la situación en el censo y el tipo de municipio. También se evaluó la interacción de la variable seguro médico en estas asociaciones. Del total, el 11,7% (IC95%: 11,1; 12,3) de los adolescentes buscaron servicios de salud en las dos semanas previas a la encuesta. Se observó mayor prevalencia de demanda en las regiones Sudeste (RP = 1,32; IC95%: 1,15; 1,52) y Sur (RP = 1,31; IC95%: 1,13; 1,52) en comparación con el Norte del país. Tener un seguro médico incrementó la búsqueda de servicios por parte de los adolescentes que viven en áreas rurales y en las capitales y municipios de de las Regiones Metropolitanas y/o Regiones de Desarrollo Integrado. El estudio apuntó a una baja prevalencia de demanda de servicios de salud entre los adolescentes y desigualdades contextuales según la región geopolítica. Tener un seguro médico fue un marcador importante para comprender las disparidades según la situación del censo y el tipo de municipio.

7.
Saúde Soc ; 32(3): e210731pt, 2023. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1530395

RESUMO

Resumo O planejamento e a implementação de políticas e práticas de saúde em países com sistemas orientados para a Atenção Primária em Saúde devem reconhecer e manejar as questões de desigualdade social em saúde que interferem no cuidado integral e equânime. Uma estratégia amplamente defendida para detectar e lidar com tais desafios é a noção de competência cultural (CC). Neste artigo, apresentaremos a noção de CC, suas críticas e alternativas teórico-práticas e, em seguida, uma revisão narrativa dessa noção em publicações brasileiras relacionadas à assistência em saúde na Estratégia Saúde da Família. O reconhecimento da diversidade sociocultural no planejamento de intervenções em saúde no Brasil é fundamental, dado que se trata de um país extremamente diverso, cujo sistema de saúde é organizado a partir das premissas da Reforma Sanitária, mas que, ainda assim, apresenta importantes iniquidades. Argumentamos que a inclusão e a negociação das diferenças socioculturais nas práticas de saúde se beneficiariam da observação do contexto histórico-social e da reflexão acerca das experiências brasileiras de assistência em saúde e das práticas cotidianas de cuidado utilizadas nas comunidades.


Abstract Planning and implementing health policies and practices in countries with Primary Health Care-oriented systems must recognize and manage social inequality issues in health, which hinder comprehensive and equitable care. A widely advocated strategy for detecting and dealing with such challenges is the notion of cultural competence (CC). In this article, we will present the notion of CC, its criticisms, and theoretical-practical alternatives and, then, a narrative review of Brazilian publications related to healthcare in the Family Health Strategy. Recognizing sociocultural diversity in planning health interventions in Brazil is essential, given that it is an extremely diverse country, whose health system is organized on the premises of the Health Reform but that presents important inequities still. We argue that the inclusion and the negotiation of sociocultural differences in health practices would benefit from the observation of the social-historical context and the reflection on the Brazilian health care experiences and the everyday care practices within the communities.


Assuntos
Estratégias de Saúde Nacionais , Diversidade Cultural , Iniquidades em Saúde
8.
Rev. panam. salud pública ; 47: e35, 2023. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1424257

RESUMO

ABSTRACT Objective. To document the evolution of socioeconomic and geographical inequalities in childhood vaccination in Mexico from 2012 to 2021. Methods. Repeated cross-sectional analysis using three rounds of National Health and Nutrition Surveys (2012, 2018, and 2021). Dichotomous variables were created to identify the proportion of children who received no dose of each vaccine included in the national immunization schedule (BCG; diphtheria, pertussis, and tetanus-containing; rotavirus; pneumococcal conjugate; and measles, mumps, and rubella [MMR]), and the proportion completely unvaccinated. The distribution of unvaccinated children was analyzed by state, and by socioeconomic status using the concentration index. Results. The prevalence of completely unvaccinated children in Mexico was low, with 0.3% children in 2012 and 0.8% children in 2021 receiving no vaccines (p = 0.070). Notwithstanding, for each vaccine, an important proportion of children missed receiving any dose. Notably, the prevalence of MMR unvaccinated children was 10.2% (95% CI 9.2-11.1) in 2012, 22.3% (95% CI 20.9-23.8) in 2018, and 29.1% (95% CI 26.3-31.8) in 2021 (p < 0.001 for the difference between 2012 and 2021). The concentration index indicated pro-rich inequalities in non-vaccination for 2 of 5 vaccines in 2012, 3 of 5 vaccines in 2018, and 4 of 5 vaccines in 2021. There were marked subnational variations. The percentage of MMR unvaccinated children ranged from 3.3% to 17.9% in 2012, 5.5% to 36.5% in 2018, and 13.1% to 72.5% in 2021 across the 32 states of Mexico. Conclusions. Equitable access to basic childhood vaccines in Mexico has deteriorated over the past decade. Vigilant equity monitoring coupled with tailored strategies to reach those left out is urgently required.


RESUMEN Objetivo. Documentar la evolución de las inequidades socioeconómicas y geográficas en la vacunación infantil en México del 2012 al 2021. Métodos. Se llevó a cabo un análisis transversal repetido con tres rondas (2012, 2018 y 2021) de la Encuesta Nacional de Salud y Nutrición (ENSANUT). Se crearon variables dicotómicas para determinar la proporción de la población infantil que no había recibido cada una de las vacunas incluidas en el calendario nacional de vacunación (BCG; difteria, tos ferina y tétanos; rotavirus; conjugado neumocócico; y sarampión, parotiditis y rubéola [triple viral]) y la proporción de la población infantil completamente sin vacunar. La distribución de la población infantil sin vacunar se analizó por estado y nivel socioeconómico mediante el índice de concentración. Resultados. La prevalencia de la población infantil completamente sin vacunar en México fue baja, con 0,3% en el 2012 y 0,8% en el 2021 de la población infantil que no recibió ninguna vacuna (p = 0,070). No obstante, en relación con cada vacuna, una gran proporción de población infantil no recibió ninguna dosis. En particular, la prevalencia de la población infantil sin vacunarse con la triple viral fue de 10,2% (IC del 95% 9,2-11,1) en el 2012, 22,3% (IC del 95% 20,9-23,8) en el 2018 y 29,1% (IC del 95 % 26,3-31,8) en el 2021 (p < 0,001 para la diferencia entre el 2012 y el 2021). El índice de concentración reveló desigualdades que favorecen a los estratos más ricos en la probabilidad de no estar vacunado para 2 de las 5 vacunas en 2012, en 3 de las 5 vacunas en 2018, y en 4 de las 5 vacunas en el 2021. Asimismo, hubo marcadas variaciones subnacionales: el porcentaje de la población infantil que no recibió la vacuna triple viral osciló entre 3,3% y 17,9% en el 2012, entre 5,5% y 36,5% en el 2018 y entre 13,1% y 72,5% en el 2021 en los 32 estados de México. Conclusiones. El acceso equitativo a las vacunas infantiles básicas en México se ha deteriorado en el último decenio. Es urgentemente necesario un monitoreo vigilante de la equidad, así como estrategias adaptadas, para poder vacunar a la población al margen.


RESUMO Objetivo. Documentar a evolução das desigualdades socioeconômicas e geográficas na vacinação infantil no México, no período entre 2012 e 2021. Métodos. Foi realizada a análise repetida de dados transversais obtidos em três ciclos da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição do México (2012, 2018 e 2021). Variáveis dicotômicas foram elaboradas para estimar o percentual de crianças que não receberam nenhuma dose de cada uma das vacinas do calendário nacional de vacinação (a saber: vacina BCG, vacina contra difteria, coqueluche e tétano, vacina contra rotavírus, vacina pneumocócica conjugada e vacina contra sarampo, caxumba e rubéola [SCR]) e a proporção de crianças totalmente não vacinadas. O índice de concentração foi usado para analisar a distribuição das crianças não vacinadas por estado e condição socioeconômica. Resultados. A prevalência de crianças totalmente não vacinadas foi baixa no país (0,3% em 2012 e 0,8% em 2021, p = 0,070). Porém, um percentual significativo deixou de receber alguma dose de vacina. A prevalência de crianças não vacinadas com a vacina SCR foi 10,2% (IC 95% 9,2-11,1) em 2012, 22,3% (IC 95% 20,9-23,8) em 2018 e 29,1% (IC 95% 26,3-31,8) em 2021 (p < 0,001 para a diferença entre 2012 e 2021). O índice de concentração indicou desigualdade de renda entre vacinados e não vacinados com relação a 2 das 5 vacinas em 2012, 3 das 5 vacinas em 2018 e 4 das 5 vacinas em 2021. Houve uma grande variação geográfica na vacinação infantil. Em particular, o percentual de não vacinados com a vacina SCR nos 32 estados do país variou de 3,3% a 17,9% em 2012, 5,5% a 36,5% em 2018 e 13,1% a 72,5% em 2021. Conclusões. Ocorreu uma piora no acesso equitativo à vacinação básica infantil na última década no México. É imprescindível monitorar atentamente a equidade e implementar estratégias específicas para garantir a cobertura vacinal de todos.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Cobertura Vacinal/estatística & dados numéricos , Iniquidades em Saúde , Estudos Transversais , Programas de Imunização/estatística & dados numéricos , Determinantes Sociais da Saúde , Geografia , Fatores Sociodemográficos , México
9.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(1): 325-334, jan. 2022. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1356048

RESUMO

Resumo O objetivo deste estudo foi avaliar os gastos catastróficos em saúde (GCS) e sua associação com condições socioeconômicas nos anos de 2009, 2011 e 2013 em Minas Gerais. Realizou-se um estudo transversal com dados da Pesquisa por Amostra de Domicílios. A variável dependente foi o GCS, em cada ano da pesquisa. Foram considerados catastróficos os gastos que ultrapassaram os limites de 10% e 25% da renda familiar. A associação entre o gasto catastrófico e as variáveis independentes foi testada por meio de regressão de Poisson. As prevalências de GCS variaram de 9,0% a 11,3% e 18,9% a 24,4% nos limites de 10% e 25%, sendo que o ano de 2011 apresentou os menores valores. A maior proporção dos gastos com saúde (94%) foi relativa aos gastos com medicamentos. A prevalência de CGS foi menor entre responsáveis pelo domicílio com maior escolaridade quando comparados àqueles sem estudo nos limites de 10% e 25%. Famílias com maior escore de riqueza apresentaram, nos dois limites, prevalência de GCS menores do que aquelas do primeiro quintil. Concluiu-se que os gastos com saúde afetaram significativamente o orçamento das famílias em Minas Gerais, sendo o gasto com medicamentos o principal componente dos gastos. Os achados reforçam o papel do SUS para minimizar o GCS e reduzir as desigualdades socioeconômicas.


Abstract This study aimed to assess catastrophic health expenditures (CHE) and its association with socioeconomic conditions in 2009, 2011 and 2013 in Minas Gerais, Brazil. A cross-sectional study was carried out with data from the Household Sample Survey. The dependent variable was the CHE in each year of the survey. Expenditures that exceeded 10% and 25% of household income were considered catastrophic. The association between catastrophic health expenditure and independent variables was tested by the Poisson regression. The prevalence of CHE ranged from 9.0% to 11.3% and 18.9% to 24.4% within the limits of 10% and 25%, and 2011 recorded the lowest values. The largest proportion of health expenditure (94%) was related to the acquisition of medicines. The prevalence of CHE was lower among those responsible for the household with 12 or more years of study than those with no formal education. Households with a higher wealth score had, in both limits, lower prevalence of CHE than those of the first quintile. We concluded that health expenditures significantly affected the budget of households in Minas Gerais and the purchase of medicines was the main component of spending. The findings reinforce the role of the Brazilian Unified Health System (SUS) in minimizing CHE and reducing socioeconomic inequalities.


Assuntos
Humanos , Doença Catastrófica , Gastos em Saúde , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários
10.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(supl.1): e00137721, 2022. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1374867

RESUMO

This study assesses changes in the prevalence and distribution of noncommunicable diseases (NCDs) and related risk factors among Brazilian adults from the 2013 and 2019 Brazilian National Health Surveys (PNS). It is based on the hypothesis that deteriorating socioeconomic conditions over this period would lead to increased NCDs among the least advantaged populations. We estimated adjusted prevalence ratios by education category and three inequality measures - the slope index of inequality (SII), the relative index of inequality (RII), and population attributable fraction (PAF) - for obesity, hypertension, arthritis, asthma, cancer, depression, diabetes, heart disease, having any chronic condition, and multimorbidity by survey year. We also estimated the 27 Brazilian Federative Units RII and prevalence rates for diabetes and multimorbidity per year and plotted the RII against prevalence by year. Results showed that all NCDs increased over the period observed, ranging from an 8% increase in the adjusted prevalence of arthritis to a 24% increase in the adjusted prevalence of obesity. Measures of inequality showed that most conditions exhibited significant educational inequities in both 2013 and 2019. However, on average, education-based inequities did not significantly change between the two periods. Considering the deterioration of the socioeconomic conditions of most Brazilians, the erosion of social protections, and the continuing economic, political, and health crises occurring in the nation, we observed an urgent need for discussion about the best way to adopt equity-promoting health policies and programs and action to reduce socioeconomic and geographic inequalities in NCDs throughout the country.


O artigo avalia mudanças na prevalência e distribuição de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e fatores de risco associados entre adultos brasileiros nas edições de 2013 e 2019 da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), com base na hipótese de que a piora das condições socioeconômicas durante o período tenha levado a um aumento das DCNTs entre as populações mais vulneráveis. Estimamos razões de prevalência ajustadas por categoria de escolaridade e três medidas de desigualdade - índice de desigualdade absoluta (SII), índice relativo de desigualdade (RII) e fração atribuível à população (PAF) - para obesidade, hipertensão, artrite, asma, câncer, depressão, diabetes, doenças cardíacas, qualquer condição crônica e multimorbidade, por ano da pesquisa. Para as 27 Unidades da Federação, estimamos também as taxas de prevalência de diabetes e de multimorbidade por ano e cotejamos os RII com as taxas de prevalência por ano. Os resultados mostram que todas as DCNTs aumentaram ao longo do período de observação, desde um aumento de 8% na prevalência ajustada de artrite a um aumento de 24% na prevalência ajustada de obesidade. As medidas de desigualdade revelam que a maioria das DCNTs mostrou inequidades significativas em relação à escolaridade, tanto em 2013 quanto em 2019. Entretanto, em média, as inequidades com base na escolaridade não mudaram entre os dois períodos. Devido à deterioração das condições socioeconômicas para a maioria dos brasileiros, à erosão das proteções sociais e à continuação das crises econômica, política e sanitária enfrentadas pela nação, há necessidade urgente de um debate sobre as melhores políticas e programas de saúde para promover a equidade e reduzir desigualdades socieconômicas e geográficas das DCNTs em todo o país


Este trabajo evalúa los cambios en la prevalencia y distribución de las enfermedades no transmisibles (ENT) y factores de riesgo relacionados entre adultos brasileños en las Encuestas Nacionales de Salud (PNS) de 2013 y 2019 , basadas en la hipótesis de que las condiciones económicas en deterioro durante este período conducirían a ENTs entre los grupos de población menos favorecidos. Estimamos las ratios de prevalencia ajustados por categoría de educación y tres medidas de desigualdad -la curva del índice de desigualdad (SII), el índice relativo de desigualdad (RII), y la fracción atribuible de población (PAF)- para obesidad, hipertensión, artritis, asma, cáncer, depresión, diabetes, enfermedad cardiovascular, padeciendo alguna condición crónica, y multimorbilidad por año de encuesta. También estimamos 27 estados de RII y tasas de prevalencia para la diabetes y multimorbilidad por año, y se plantearon los RII frente a la prevalencia por año. Los resultados muestran que todas las ENTs se incrementaron durante el período observado, yendo desde un 8% de incremento en la prevalencia ajustada por artritis hasta un 24% de incremento en la prevalencia ajustada por obesidad. Las medidas de desigualdad muestran que la mayoría de las condiciones expuestas presentan inequidades educacionales significativas, tanto en 2013, como en 2019. No obstante, como promedio, las inequidades relacionadas con la educación no cambiaban significativamente durante los dos períodos. Debido al deterioro de las condiciones socioeconómicas de la mayoría de los brasileños, la erosión de la protección social, y las continuas crisis económicas, políticas, y de salud, que enfrenta la nación, existe una urgente necesidad de debatir sobre el mejor camino para adoptar medidas que promuevan la equidad en las políticas de salud y sus programas, así como acciones para conseguir reducciones en las desigualdades socioeconómicas y geográficas en las ENTs en todo el país.


Assuntos
Humanos , Adulto , Artrite/epidemiologia , Diabetes Mellitus/epidemiologia , Doenças não Transmissíveis/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Prevalência , Inquéritos Epidemiológicos , Escolaridade , Disparidades nos Níveis de Saúde , Iniquidades em Saúde , Obesidade/epidemiologia
11.
Belo Horizonte; s.n; 2022. 231 p. ilus.
Tese em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1381192

RESUMO

Adoto como objeto de estudo a subjetivação de mulheres-enfermeiras envolvidas em movimentos sociais e as implicações para o cuidado e profissão de Enfermagem. Tal escolha se dá diante do contexto de desigualdades de gênero na sociedade e na profissão. Buscosustentação em referenciais que embasam entendimentos acerca da importância dos movimentos de mulheres na redução das desigualdades de gênero e como impulsionadores da (re)existência de corpos e vidas mais críticas e criativas e referenciais do cuidado de Enfermagem, em uma perspectiva política e social. Defendo a tese de que os movimentos sociais se caracterizam como dispositivos para mulheres-enfermeiras, de modo que tanto potencializam modos de subjetivação, são disparadores de técnicas e práticas de si, como podem ser capturados por jogos de verdade, locais de disciplinamento, travestidos de práticas de liberdade. Em consequência, a participação em movimentos sociais tem implicações na produção do cuidado de Enfermagem, uma extensão do ser, no modo saber-fazer. Adoto as seguintes questões norteadoras: Como ocorre a participação de enfermeiras nos movimentos sociais de mulheres e movimentos feministas? Como se conforma a subjetivação delas nesses espaços? Quais implicações para o cuidado são produzidas nessa/ por essa participação? O objetivo do estudo foi analisar os modos de subjetivação de mulheres-enfermeiras envolvidas em movimentos sociais de mulheres e feministas e as implicações para o cuidado de Enfermagem. Trata-se de pesquisa-interferência, de abordagem qualitativa, ancorada na perspectiva pós-estruturalista e com enfoque narrativo. Na caixa de ferramentas foram incluídos referenciais e instrumentos de observação-participante e de entrevistas narrativas. A produção dos dados foi orientada por dois momentos interligados: Mapeamento da participação e envolvimento de enfermeiras em movimentos sociais de mulheres, coletivos femininos e espaços de participação social; e Analítica da subjetivação de mulheres-enfermeiras envolvidas com o ativismo político e social e implicações para o cuidado de Enfermagem. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais e todas as etapas estão em consonância com os princípios éticos que envolvem pesquisas com seres humanos. O conjunto de dados obtidos resulta da observação de 17 eventos ocorridos na Região Metropolitana de Belo Horizonte-MG e seis entrevistas narrativas com enfermeiras inseridas em movimentos sociais e com representação política, no período de novembro de 2018 a abril de 2021. Os textos de campo foram convertidos em três cenas vividas e (re)criadas de encontro com mulheres nos movimentos sociais, sobre o ponto de vista do cuidado de Enfermagem. As entrevistas foram submetidas à analítica do discurso, tendo como base conceitual Michel Foucault, sendo apresentadas em dois modos: narrativa coletiva em formato de História em Quadrinhos; e uma perspectiva transversal de análise dos discursos em trechos. Os resultados são discutidos em três categorias: Contextos e enredos dos encontros; Ser mulher-enfermeira e o envolvimento em movimentos sociais; e O envolvimento sociopolítico e o saber-fazer-cuidado de mulheres-enfermeiras. Os dados produzidos confirmam a tese de doutorado: os movimentos sociais de mulheres se apresentam como dispositivos de subjetivação e, em uma balança provisória entre discursos permanentes e emergentes, se destaca o potencial destes últimos para acionar e afetar corpos, politizar e criar vínculos e redes e acionar e desenvolver saberes sociopolíticos-emancipatórios com implicações na produção do cuidado de Enfermagem. Evidenciou-se a necessidade de promover mudanças na forma de cuidado comumente ofertada. O estudo contribui para aproximações com a temática da participação social e feminismo em saúde, com possíveis retornos em termos de redução das desigualdades de gênero na vida de cada uma, na profissão e para a sociedade. Novas perguntas e reflexões são disparadas no sentido de continuidade da evolução na relação entre feminismo e enfermagem, passagem ainda que gradual de um estado de estranhamento para inclusão nos currículos, fazeres cotidianos e lógicas de pensamento.


I adopt as object of study the subjectivation of women-nurses involved in social movements and the implications for care and the nursing profession. Such choice is given the context of gender inequalities in society and in the profession. I seek support in references that support understandings about the importance of women's movements in reducing gender inequalities and as drivers of the (re)existence of more critical and creative bodies and lives and references of Nursing care, from a political and social perspective. I defend the thesis that social movements are characterized as devices for women-nurses, in such a way that they both potentiate modes of subjectivation, are triggers of techniques and practices of the self, and may also be captured by games of truth, places of disciplining, disguised as practices of freedom. Consequently, the participation in social movements has implications in the production of Nursing care, an extension of being, in the way of knowing how to do. I adopted the following guiding questions: How does the participation of nurses in social movements of women and feminist movements occur? How is their subjectivation shaped in these spaces? What implications for care are produced in/by this participation? The objective of the study was to analyze the modes of subjectivation of women-nurses involved in women's social and feminist movements and the implications for Nursing care. This is a qualitative interference research, anchored in the post-structuralist perspective and with a narrative approach. The toolbox included references and instruments of participant observation and narrative interviews. Data production was guided by two interconnected moments: Mapping of the participation and involvement of nurses in women's social movements, women's collectives and spaces for social participation; and Analytic of the subjectivation of women-nurses involved in political and social activism and implications for Nursing care. The project was approved by the Research Ethics Committee of the Federal University of Minas Gerais and all steps are in line with the ethical principles involving research with human beings. The data set obtained results from the observation of 17 events that occurred in the Metropolitan Region of Belo Horizonte-MG and six narrative interviews with nurses inserted in social movements and with political representation, in the period from November 2018 to April 2021. The field texts were converted into three scenes experienced and (re)created of encounters with women in social movements, from the point of view of Nursing care. The interviews were submitted to discourse analytics, having Michel Foucault as conceptual base, being presented in two modes: collective narrative in Comic Book format; and a transversal perspective of discourse analysis in excerpts. The findings are discussed in three categories: Contexts and storylines of the encounters; Being a woman-nurse and the involvement in social movements; and The sociopolitical involvement and the know-how care of women nurses. The data producedconfirm the doctoral thesis: women's social movements present themselves as subjectivation devices and, in a provisional balance between permanent and emerging discourses, the potential of the latter to trigger and affect bodies, politicize and create bonds and networks and trigger and develop sociopolitical emancipatory knowledge with implications for the production of nursing care stands out. The need to promote changes in the form of care commonly offered was evident. The study contributes to approximations with the theme of social participation and feminism in health, with possible returns in terms of reducing gender inequalities in the life of each one, in the profession, and for society. New questions and reflections are triggered in the sense of continuing the evolution of the relationship between feminism and nursing, even if gradually moving from a state of estrangement to inclusion in the curricula, daily actions and logic of thought.


Assuntos
Feminismo , Ativismo Político , Cuidados de Enfermagem , Justiça Social , Saúde Pública , Educação em Saúde , Dissertação Acadêmica , Discurso , Disparidades nos Níveis de Saúde
12.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 25(5): 1653-1666, 2020. graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1101006

RESUMO

Resumo Este artigo analisa as relações entre os estudos sobre a saúde dos povos indígenas na saúde coletiva e as políticas públicas voltadas para redução das desigualdades étnico-raciais. Tal recorte parte do pressuposto de que a produção científica sobre o tema integra o esforço societário de enfrentamento das iniquidades em saúde e garantia dos direitos e políticas públicas em saúde dos povos indígenas. A partir de mapeamento sistemático da literatura nas bases Pubmed/Medline, SCOPUS, Lilacs, Sociological Abstract e Web of Science, foram localizados 3.417 artigos entre 1956 a 2018 e selecionados 418 para análise. Inicialmente a literatura é marcada pelo referencial biomédico, mas após 1990 amplia-se o número de publicações e o diálogo com as ciências humanas e sociais, incluindo a análise da implementação da política de saúde indígena. Identifica-se que o conhecimento produzido está associado às transformações políticas, sociais e científicas da reforma sanitária e da pauta indigenista. A partir de 2010 há um aumento da produção científica. Conclui-se que o conhecimento que baliza a produção científica sobre saúde indígena foi se constituindo a partir de um horizonte politicamente implicado com as populações estudadas e o aprimoramento do Subsistema de Saúde Indígena.


Abstract This paper analyses the relationship between studies on the health of indigenous people in public health and public policies aimed at reducing ethnic-racial inequalities. This selection assumes that scientific production on the subject is part of the societal effort to confront health inequities and guarantee the rights and public policies of indigenous people. In total, 3,417 papers were found between 1956 and 2018, and 418 were selected for analysis from systematic literature mapping in the PubMed/Medline, Scopus, Lilacs, Sociological Abstract, and Web of Science databases. Initially, the literature is marked by the biomedical benchmark. After 1990, publications and dialogue with the human and social sciences are expanded, including the analysis of the implementation of indigenous health policy. We identified that the knowledge produced is associated with the political, social, and scientific transformations of the health reform and the indigenous agenda. Scientific production increased in 2010. We can conclude that the knowledge guiding the scientific production on indigenous health was established from a horizon politically implicated with the studied populations and improved Indigenous Health Subsystem.


Assuntos
Reforma dos Serviços de Saúde , Serviços de Saúde do Indígena , Grupos Populacionais , Povos Indígenas , Política de Saúde
13.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 24(9): 3193-3212, set. 2019. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1019692

RESUMO

Resumo O objetivo deste artigo é investigar a associação entre posição socioeconômica e o consumo alimentar entre os brasileiros para poder compreender como os grandes inquéritos nacionais estão contribuindo na identificação de desigualdades sociais e ecológicas neste último. Revisão sistemática da literatura de publicações que analisaram a relação entre posição socioeconômica e consumo alimentar nos grandes inquéritos nacionais. A definição de posição socioeconômica, seleção das suas variáveis indicadoras e a análise crítica de sua operacionalização basearam-se na epidemiologia ecossocial. Indivíduos em menor posição socioeconômica - cor da pele/raça parda ou negra, menor escolaridade e renda e de áreas rurais - têm menor probabilidade de consumir uma alimentação diversificada e saudável. Já os efeitos do gênero e da situação conjugal só poderiam ser melhor compreendidos com um recorte social. As variáveis de posição socioeconômica formam uma complexa teia de causalidade que ajuda a explicar a determinação do consumo alimentar dos brasileiros e a denunciar as iniquidades sociais na alimentação e nutrição. Há a necessidade de maior clareza conceitual a respeito da medição dos parâmetros para alcançar maior precisão sobre as causas das desigualdades sociais em alimentação.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos sobre Dietas , Abastecimento de Alimentos , Brasil , Fatores Sexuais , Ingestão de Alimentos , Disparidades em Assistência à Saúde
14.
Belo Horizonte; s.n; 20170630. 109 p.
Tese em Português | LILACS, ColecionaSUS | ID: biblio-1100304

RESUMO

Introdução: Projeções da população mundial mostram que número de pessoas com 65 anos ou mais irá aumentar de 524 milhões em 2010 para aproximadamente 1,5 bilhões em 2050, sendo que o envelhecimento é associado com a incapacidade. Considerando que um dos objetivos das políticas públicas na área da saúde é a manutenção e melhora da funcionalidade da população, mais estudos sobre este tópico tornam-se necessários. A identificação de preditores sociais e biológicos da incapacidade tem o potencial de contribuir para a identificação de grupos vulneráveis tanto para prevenção quanto para a intervenção precoce. Dentre preditores sociais, a epidemiologia social aponta que os fatores psicossociais tem um impacto considerável na saúde da população. Objetivos: Esta tese teve como objetivo investigar a funcionalidade e sua associação com os fatores psicossociais entre a população inglesa e a brasileira com idade mais avançada, considerando modelos estatísticos mais elaborados. Adicionalmente, foram explorados fatores que poderiam modificar essa associação, como as iniquidades socioeconômicas, sexo e sintomas depressivos.Material e método: Como fonte de informações, foram utilizados dados do Projeto Bambuí (longitudinalmente) e do English Longitudinal Study of Ageing (ELSA) (transversalmente). A funcionalidade foi mensurada pela dificuldade em desempenhar atividades básicas de vida diária (ABVD) e atividades instrumentais de vida diária (AIVD). A análise estatística foi baseada em modelos estatísticos avançados a fim de refinar a intepretação dos resultados: (1) utilizou-se o modelo de regressão de riscos competitivos, considerando que a morte é uma censura informativa quando estima-se o risco de incapacidade; (2) utilizou-se o modelo de regressão logística multinomial, tendo como variável resposta a interação entre incapacidade condição socioeconômica. Resultados: No Brasil, a densidade de incidência de incapacidade em 15 anos foi de 359 por 1000 pessoas-ano, 347 pessoas morreram e 96 foram perdidas durante o período de seguimento. Na linha de base, a idade média dos participantes foi de 68,6 (± 6,7 anos), 23,1% apresentaram sintomas depressivos (mentais) menores, 10,4% sintomas depressivos (mentais) maiores e 40,5% relataram pouco apoio emocional da pessoa mais próxima. Pessoas com pouco apoio emocional apresentaram maior risco de desenvolver incapacidade em ABVD, após os ajustes pertinentes, ocorrendo o mesmo para sintomas depressivos (mentais) maiores. Quando combinados em um modelo para verificar modificação de efeito entre ambas, não houve interação significativa. Na Inglaterra, a idade média dos participantes foi de 66,0 (± 8,4 anos), 10,2% apresentaram sintomas depressivos e 31,3% relataram pouco apoio social de amigos, familiares ou filhos. A condição socioeconômica modificou a associação de fatores psicossociais e funcionalidade: quanto pior é a condição socioeconômica, maior é a força de associação entre sintomas depressivos e funcionalidade, em ambos sexos. Adicionalmente, dentre os homens, aqueles com incapacidades em ABVD/AIVD e pior condiçãosocioeconômica estavam mais propensos a não terem contatos semanais com amigos, familiares ou filhos e a não apresentarem cônjuge. Dentre as mulheres, aquelas com incapacidades e piores condições socioeconômicas estavam mais propensas a relatar solidão.Conclusões: Tanto no Brasil quanto na Inglaterra, longitudinal e transversalmente, respectivamente, o apoio social e os sintomas depressivos influenciaram a funcionalidade de pessoas com idade mais avançada. Intervenções objetivando o aumento dos contatos sociais e do apoio social, além de prevenção e tratamento de sintomas depressivos tem o potencial de diminuir os aspectos negativos da incapacidade através de caminhos psicológicos. Deve-se considerar, também, que a população alvo dessas intervenções são as pessoas com piores condições socioeconômicas. Além das causas materiais, demonstramos que o ambiente social, como sugerido pela teoria psicossocial, também influencia as iniquidades em saúde.


Introduction: World population projections showed that the number of people at the age of 65 and above will grow from 524 millions in 2010 to nearly 1.5 billion in 2050 and the ageing is associated with disability. One of the key public health concerns is the elderly functioning maintenance and improvement and more studies on this topic are necessary. The identification of social and biological preditors related to the disability onset may potentially contribute for identifying vulnerable groups. This could enhance both prevention and engagement of target groups in early rehabilitation. Among the social preditors, social epidemiology shows that psychosocial factors have a striking impact in populations health.Objectives: This thesis aimed to explore the functioning and its association with psychosocial factors among older Brazilian and English adults, taking into account modern statistic models. Addictionally, we explored variables that could modificate this association, such as socioeconomic inequalities, sex and emotional support. Material and methods: We used data from the Bambui Cohort Study of Ageing (longitudinally) and the English Longitudinal Study of Ageing (cross-sectionally). Functioning was measured by difficultility in carrying out basic activities of daily living (ADL) and instrumental activities of daily living (IADL). The statistical analysis was based on modern statistical models to refine the results interpretation: (1) we used the competing-risks regression, taking into account that death is an informative censoring when we estimate the disability risk; (2), we used the multinomial logistic regression using the interaction between disability and socioeconomic condiction as the outcome variable.Results: In Brazil, the disability incidence rate in 15 years was 359 per 1,000 personyears, 347 people died and 96 were lost in follow-up. At baseline, mean age was 68.6 ± 6.7 years, 23.1% showed minor depressive (mental) symptoms, 10.4% major depressive (mental) symptoms and 40.5% reported low emotional support from the closest person. Persons with low emotional support from the closest person were at significant increased risk for incident ADL disability, after adjustments. The same pattern was observed for major depressive (mental) symptoms. After conjugating both in a model to assess modification effect, we did not find any significant interaction. In England, mean age was 66.0 ± 8.4 years, 10.2% showed depressive symptoms and 31.3% reported low social support from friends, family or children. The multinomial logistic regression showed that wealth modifies the association between psichosocial factors and functioning: the poorest, the stronger the association between depressive symptoms and functioning, in both sex. Adictionally, among men, those with ADL/IADL disability and the poorest showed higher odds of having no weekly contact with friends, familiy or children, and not living with partner. Among women, those with disability and the poorest showed higher odds of loneliness. Conclusions: Both in England and Brazil, cross-sectionally and very long term, respectively, social support and depressive symptoms are related to functioning among older adults. Interventions that aim to enhance social contacts and support and treatment or prevention of depressive symptoms may potentially decrease negative aspects of disability by psychological pathways. Moreover, the target population are the poorest. Besisdes material causes, we showed that social environment, as suggested by psychosocial theory, is also related to health inequalities.


Assuntos
Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Apoio Social , Atividades Cotidianas , Envelhecimento , Estudos Longitudinais , Depressão , Solidão
15.
Rev. adm. pública ; 47(4): 1021-1039, jul.-ago. 2013.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-707462

RESUMO

A provisão adequada de serviços de atenção primária à saúde e o acesso aos serviços especializados, também usualmente referidos como de média/alta complexidade, apresentam-se como uma dificuldade em vários municípios brasileiros, tendo em vista as questões gerenciais envolvidas que incluem a força de trabalho, os custos e a densidade tecnológica exigida. Este estudo objetivou compreender a prática discursiva de gestores em relação à articulação entre os níveis de atenção primária e de média/alta complexidade dos serviços públicos de saúde na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Realizou-se um estudo exploratório de abordagem qualitativa com 17 gestores de saúde da RMC. Os dados discursivos foram coletados por meio de entrevista semi -estruturada, sendo processados pelo método de análise de discurso. A interpretação do material permitiu a classificação dos dados discursivos, que foram agrupados em categorias: atenção primária municipal, acesso na média complexidade, atendimento hospitalar, saúde bucal e articulação política. A análise demonstrou que os municípios se encontram em diferentes estágios de implantação e organização da atenção primária. A dificuldade no acesso aos serviços de média/alta complexidade promove interrupção na continuidade das linhas de cuidado, as quais visam à integralidade da atenção em saúde e implicam a adequada coordenação da atenção primária articulada à atenção especializada de segundo e ou terceiro níveis de densidade tecnológica.


The appropriate provision of primary healthcare services and access to specialized services, also commonly referred as medium/high complexity, presents as a difficulty in several municipalities, considering the managerial issues involved including the workforce, cost and technological density required. This study aimed to understand the discursive practice of managers regarding the articulation between primary and middle/ high complexity levels of public health services in the Metropolitan Region of Curitiba (RMC). An exploratory study was conducted with seventeen health administrators in the CMA. The data were obtained in semi-structured interviews, being processed by speech analysis method. The material interpretation allowed the discourse data classification, which were grouped into categories: access of municipal primary care, medium complexity access, hospital care, oral health and political articulation. The analysis has shown that the municipalities are in different stages regarding primary health care. The difficulty in accessing medium/high complexity services promotes disruption in care lines continuity, which aim at comprehensive care in health and imply the proper coordination of primary care articulated to specialized care of second and/or third level of technology density.


La prestación adecuada de los servicios de atención primaria a la salud y acceso a los servicios especializados, también conocidos comúnmente como la media/alta complejidad, se presenta como una dificultad en varias ciudades brasileñas, em vista de los cuestiones de gestión, incluyendo fuerza de trabajo, los costos y la densidad tecnológica necesario. Este estudio tuvo como objetivo comprender la práctica discursiva del directivos en relación a los servicios de salud en la Región Metropolitana de Curitiba (RMC). Se realizó un estudio exploratorio de abordaje cualitativo, con diecisiete gerentes de salud de RMC. Los datos fueron obtenidos mediante entrevista semi-estructurada y se procesaron mediante el método de análisis del discurso. La interpretación del material permitió la clasificación de los datos del discurso, que se agruparon en categorías: atención primaria municipal, acceso a la atención especializada, hospitalizaciones, salud bucal y articulación política. El análisis muestra que los municipios están en diferentes etapas de la atención primaria. La dificultad en acceso a los servicios de media/alta complejidad favorece la interrupción en la continuidad de las líneas de atención que tienen como objetivo la atención atención integral en salud e implican en la adecuada coordinación de la atención primaria articulada a la atención especializada de segundo y/o tercer nivel de densidade de tecnología.


Assuntos
Masculino , Feminino , Humanos , Iniquidades em Saúde , Política de Saúde , Promoção da Saúde , Acesso aos Serviços de Saúde , Atenção Primária à Saúde , Política Pública , Sistema Único de Saúde , Epidemiologia Descritiva , Entrevistas como Assunto , Pesquisa Qualitativa
16.
Saúde Soc ; 22(2): 497-510, abr.-jun. 2013. tab
Artigo em Português | LILACS, SES-SP | ID: lil-684182

RESUMO

Ao reconhecer a relevância dos estudos sobre as desigualdades sociais em saúde, o presente trabalho propõe uma análise que articula essa temática à questão das práticas corporais e sua institucionalização no campo público. Inicia resgatando as perspectivas ético-políticas legitimadoras do ideário da Atenção Primária à saúde e da Promoção da saúde e alguns elementos pontuais do vasto debate teórico sobre as desigualdades e iniquidades sociais em saúde. A partir desses pressupostos problematiza o modo como as práticas corporais têm sido "posicionadas" no universo da Atenção Primária no Brasil, uma vez que sua implementação vem ocorrendo de forma medicalizadora e fragmentada. Para tanto, debruça-se sobre o exame contextual de duas iniciativas públicas existentes no Espírito Santo (ES) que fomentam práticas corporais/atividades físicas. O empreendimento analítico foi subsidiado pelo cotejamento de informações relativas às condições de vida em alguns bairros da cidade de Vitória e às características de tais programas. Finaliza apontando algumas reflexões, com base no quadro empírico-conceitual produzido.


Assuntos
Humanos , Atenção Primária à Saúde , Atividade Motora , Condições Sociais , Disparidades nos Níveis de Saúde , Equidade no Acesso aos Serviços de Saúde , Fatores Socioeconômicos , Estratégias de Saúde Nacionais , Promoção da Saúde , Sistema Único de Saúde , Qualidade de Vida
17.
Reprod. clim ; 28(1): 2-9, 2013. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-716733

RESUMO

Eighteen years after ICPD (Cairo, 1994), unsafe abortion (UA), contemplated thereby as a serious Public Health issue, persists in Brazil. This research, conducted in a slum in the outskirts of São Paulo by means of a cross-sectional study, intended estimating the prevalence of women who have had unsafe abortions, identifying the socio-demographic characteristics (SDC) related thereto, and their morbidity. This article refers to the SDC, the variables of which remained in the final model of the Multiple Multinomial Logistic Regression analysis carried out therefor - age at 1st sexual intercourse, number of partners, schooling, ethnicity/color, marital status and abortion acceptance driven by low-income conditions-with an approach intended for the social determinants of health and for the health inequities generated thereby in the case of UA, in an impoverished population. In conclusion, the UA and SDC are influenced by the SDH, creating health inequities in that population. The greatest proportion of women that induced unsafe abortion within this population was represented by black women, with lower income, with less than 4 years of school attendance and single, which indicates health inequalities and inequities.


Após 18 anos da CIPD, Cairo, 1994, a situação do Aborto Inseguro (AI), nela contemplado como um grave problema de Saúde Pública, permanece a mesma no Brasil. Esta pesquisa, um estudo transversal, realizada em uma favela da periferia de São Paulo, teve como objetivos estimar a prevalência de mulheres com aborto inseguro, identificar as características sociodemográficas (CSD) a ele associadas, e sua morbidade. São discutidas neste artigo as CSD cujas variáveis permaneceram no modelo final da análise de Regressão Logística Multinomial Múltipla efetuada com essa finalidade - idade da 1a relação sexual, número de parceiros, escolaridade, etnia/cor, estado civil e aceitação do aborto por falta de condições econômicas - com uma abordagem voltada aos determinantes sociais e às iniquidades em saúde por esses geradas na ocorrência do AI,em uma população em situação de pobreza. A maior proporção de mulheres que provocaram aborto inseguro nesta população foi a de mulheres de cor preta, com renda mais baixa, menos de 4 anos de estudo e solteiras, o que demonstra a presença de desigualdades e iniquidades em saúde.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adolescente , Pessoa de Meia-Idade , Aborto , Iniquidades em Saúde , Saúde Pública
18.
Artigo em Português | LILACS, BDENF | ID: lil-763932

RESUMO

Para estimar a prevalência de violência na vida e o risco de sofrer violência em função de variáveis socioeconômicas,demográficas, comportamentais e de saúde, este estudo, inserido no inquérito populacional ?Saúde e Nutriçãode Adultos e Crianças de Rio Branco ? AC? realizado entre 2007 e 2008, reuniu, por amostragem estratificada(conglomerados), 1.511 indivíduos com idade ? 18 anos. Os resultados mostraram que 1/3 da população,caracterizado por mulheres adultas, relatou ter sofrido violência alguma vez na vida; que viviam em união estável,com renda familiar inferior a dois salários mínimos. Nesta população, 20,6% fumavam diariamente, 36,2% erametilistas, 61,4% sentiam-se deprimidos no último mês e 20% apresentavam limitações no desempenho de atividadesquotidianas. A violência esteve associada ao trabalho de baixa renda, relato de acidente de trabalho, fumo diário,etilismo, autopercepção de saúde insatisfatória, a sentir-se deprimido no último mês e presença de limitações nodesempenho de atividades. Os achados corroboram a violência como problema multidimensional e a necessidadede estratégias de enfrentamento que integrem políticas públicas intersetoriais.


This study, gathered, by stratified sampling (cluster), 1,511 individuals aged ?18 years to estimatethe prevalenceof violence in life, according to socioeconomic, demographic, behavioral and health variables. About 1/3 of thepopulation reported violence, characterized by adult women who had stable union, with family income less than2 minimum wage. In this population, 20.6% smoked daily, 36.2% drink alcohol, 61.4% felt depressed in the lastmonth and 20% had limitations in performing daily activities. The violence was associated with low labor income,reporting an accident at work, daily smoking, alcoholism, poor health perception, feeling depressed in the last monthand presence of limitations in performance of activities. The findings support violence as a multidimensional problemand the need for coping strategies that integrate intersectoral public policies.


Para estimar la prevalencia de la violencia en la vida y el riesgo de violencia de sufrirla en función de variablessocioeconómicas, demográficas, de comportamiento y de salud, este estudio, inserto en la encuesta ?Salud y Nutriciónde Niños y Adultos de Rio Branco ? AC? realizado entre 2007 y 2008 reunió, para una muestra estratificada(conglomerados), 1.511 individuos con edades ?18 años. Los resultados mostraron que 1/3 de la población, caracterizada por mujeres adultas, declaró haber sufrido violencia en algún momento de la vida; que vivían enunión estable, con un ingreso familiar inferior a dos sueldos base. En esta población, 20,6% fumaba diariamente,36,2% bebían alcohol, 61,4% se sentía deprimido en el último mes y el 20% presentaba limitaciones para realizarlas actividades diarias. La violencia se asoció al trabajo de bajos ingresos, a los accidente de trabajo, al tabaquismo,al alcoholismo, a la autopercepción de una mala de salud, a la depresión sentida en el último mes y a la presenciade limitaciones en las actividades. Los resultados refuerzan la violencia como un problema multidimensional y lanecesidad de estrategias que integren políticas públicas intersectoriales de afrontamiento.


Assuntos
Humanos , Feminino , Inquéritos Epidemiológicos , Violência contra a Mulher , Mensuração das Desigualdades em Saúde , Política Pública , População Urbana , Estudos Transversais
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA